terça-feira, 16 de junho de 2009

Mar Solitário...!


Mar solitário...!

No mar sereno tranqüilo
Percorro a imensidão
Na boca da noite...,
Nas mãos do meu Pai!

No bocejo ameno e seco
Vou engolindo a solidão
Em meu pequeno bote...!
Expandindo graça no coração!

No limiar do horizonte
Um pouco translúcido;
Nesta hora, perdido...,
Achado num pedaço de mar!

Vou encontrar a frente
Tanto que ora esquecido,
Um vento meio ácido...,
E a paz nas nuvens...!

No turbilhão a calma,
Neste embalo, tudo aquilo;
Solitário peco, eu me perco!
E com o Cristo me salvo!

Com os encantos do mundo
Quase vendo a minha alma,
E mergulhando bem fundo...,
Afogo-me em Deus!

Nas clarezas incontestáveis;
Na luz do meu navegar,
Nas aventuras imensuráveis
A vitória sobre a morte!

Fazem-me meio marujo
E pescador de homens...,
Com azedo e os olhos sujos
Mas com as mãos limpas!

Neste mar solitário...
A vida preenchida...,
Num longo martírio:
Trazer na morte a partida!

Em redes de amor
Vou lançando a minha paz,
Sob céu de estrelas
Na maré que leva e traz!

No sereno da madrugada,
Surge um cântico de louvor,
Que no estribilho diz:
De quem separação fez,

...Da terra e do mar!
...Da morte e da vida!

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