segunda-feira, 18 de maio de 2009

ESTRANHO!


Estranho...



Querendo chamar a atenção
Os companheiros da solidão,
Desaparecem por acaso
Na obscura densa mata!
Às escuras luzes da noite
Que tragam ao medo,
Transformando-o em tédio,
Ao som estranho do silêncio...!

Vem no desenrolar de repente,
E vai rotineiro e costumeiro
Em andanças como toda gente!
Que é apenas mais um...!

Companheiros dos estranhos,
Ironia de uma voz desconhecida,
Na gélida sensação de desprezo,
O mundo afasta as pessoas...,

Existe um estranho ser,
Aquilo que apelidamos
Na fatal ignorância de dizer,
Não a todo forasteiro!

Digladiamos com o coração,
Querendo saber de quem são
As decisões mais estranhas;
Quem toma o tempo dos outros,
Desconhece a saudade de alguém...!
Quem separa as vidas
Desconhece as distâncias!

Estranho toque o íntimo produz
Quando alguém nos vira a cara!
Melhor sentir o doce
Que vai gostosamente...,
Interrompendo o nosso pensamento,
No estranho dom do Amor!
O mais sublime desejo do ser...,

Um homem que sente o que fala,
Não sentir alheio à realidade,
Que sonha assim como o colibri:
Quando se depara
Com a beleza da flor...,
Porém quase nem a toca,
Nem se esparrama sobre ela!
E mesmo depois...,
Quando no cálice da seiva...,
Todo embriagado espera
Parado no ar majestoso...!
Ligeiro usufrui a suavidade,
Não sendo estranho abandona!

Pessoas de passos rápidos,
De bocas falazes...,
Olhos que nunca se cruzam!
Na coincidência de uma esquina,
No pequeno trajeto que se destina...,
Duas ruas com nomes estranhos,
Que não conduz a lugar nenhum!
Estranhos que nunca mais se verão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário